terça-feira, 30 de outubro de 2012

Divórcio


           Todos nós sabemos que não existe receita para uma boa convivência. Muitos dizem que casamento é uma caixinha de surpresas, outros afirmam que após alguns anos começam a aparecer as garras do parceiro (a).

            Posso falar um pouquinho a respeito, pois vivo um casamento de 49 anos. Valeu à pena? Sim, com toda certeza. Foi tudo sempre às mil maravilhas? Não, com certeza absoluta não.

            Houve muitas tempestades, obstáculos no caminho, dificuldades que foram superadas. Como fizemos o percurso? Conversando, brigando, às vezes nos magoando com palavras ásperas, outras vezes, chorando nos sentindo injustiçados. Depois um dos dois cedia e a gente se acertava.

            Quando a raiva passava, percebíamos que as coisas voltavam ao normal e vivíamos em harmonia por mais algum tempo, mas nem tanto, só até a próxima briga.

            Hoje percebo que, embora tenhamos sofrido em alguns momentos, conseguimos nos fortalecer e valorizar mais o outro. O segredo de um relacionamento saudável está no treinamento do diálogo, ir aperfeiçoando cada dia um pouquinho, até chegar a uma comunicação eficaz.

            Ninguém é perfeito, por isso é preciso aprender a se colocar no lugar do outro antes de acusar, insultar, julgar. Cada pessoa é única, e esta que está aí do seu lado é tão especial quanto qualquer outra, mas com uma singularidade que talvez não seja percebida por você, acarretando conflitos desnecessários.

            Como citei no início, casamento não vem com receita, mas o treinamento se faz necessário, não podemos desanimar!

            Para ajudar, dou a seguinte “receitinha”:

 

·         Posologia (modo de usar): Há dois tipos de críticas:

- A construtiva: “a bola foi um pouco alta, tente lançá-la mais baixo da próxima vez!”

RESULTADO DE EFICÁCIA: Compreensão, aceitação, valorização.

 

- A destrutiva: “você não faz nada certo, que burrice!”

EFEITOS COLATERAIS: Mágoa, revolta, tristeza, sentimento de inutilidade.

·         Interação Medicamentosa:

- Ciúmes excessivos geram intolerância afetiva.

-Irritabilidade constante e/ou estupidez, indelicadeza originam o sentimento de inferioridade em relação ao cônjuge.

·         Indicações:

- Abraçar o cônjuge de 6 em 6 horas e, se não estiver perto, faça-o através de pensamento.

- Elogiar no mínimo 4 vezes ao dia.

- Contar até 6 antes de acusar, julgar, apontar.

- Buscar compreender, mesmo que isso seja uma tarefa difícil, afinal, você é que é o guerreiro (a), pois se o outro não o compreendeu é porque faltou-lhe a capacidade, perdoe, seja grande!

            Por último, tenho a dizer que há dois caminhos: 

1)Ser persistente, lutar pela felicidade, afinal, foi você que escolheu essa pessoa maravilhosa que ora se transforma em “vilão”ou “vilã”. Ou será que a sua contribuição no relacionamento é que o (a) transformou?

2) Jogar tudo para o alto e ficar sozinho (a), ou procurar outro (a).... até quando?

            Tentar e errar, tentar novamente, errar até conseguir.... isto é provisório. Desistir é para sempre. Você escolhe!
 

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