O valor das coisas não está
no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Existem momentos
que não dá para esquecer. É inexplicável!
Quero, aqui, homenagear minhas queridas amigas, aquelas
da turma do voleibol, lembram?
Sim, minhas amigas, são tempos inesquecíveis que, por
mais que queiramos não mais voltarão.
1967 era a inauguração do Clube Beira Rio, então, as
“poderosas” resolveram formar um grupo de voleibol e, com muita garra e vontade
de jogar, lá fomos nós.
Renate Fisher e Anamaria Bauer (a Anne Mari) foram as
primeiras a se inscrever. Gildete Piazera e Elvira Bauer não deixaram por
menos. Uma outra amiga querida que não quis ser identificada era muito educada
e concordava com tudo (em termos). Marta Krause e Odila Moretti eram as “manda
chuva”. Traudi Henschel entendia da coisa e dava as regras. As vizinhas Valmira
Rath e Adelaide Ender (eu) não se largavam. Lilian Werninghaus, muito
habilidiosa, jogava bonito. Gilian Hermann, sempre o centro das atenções, muito
simpática e charmosa com aquele sotaque americano. Inês Jansen e Mirian
Kuchenbecker não admitiam faltas em dias de jogos. Ingeburg Ruscka, a mais
reservada, e hoje já habita o andar de cima, certamente está nos esperando para
uma nova partida. Vá esperando, amiga. Ainda temos muito para fazer por aqui e
vamos demorar!
Voltando no tempo, eram as terças-feiras mais animadas,
aquelas em que nos reuníamos para jogar vôlei e conversa fora, dávamos muitas
risadas, que tempos bons! Levávamos nossos pimpolhos para o colégio e depois
íamos para o Clube de Campo Beira Rio, onde brincávamos tanto no jogo quanto na
famosa piscina, novinha em folha e, de cabelos molhados, corríamos para jogar e
depois na lanchonete saborear as guloseimas. E as caipirinhas, lembram? Às
vezes nos permitíamos, que delícia!
E a competição de natação? Era muita emoção! Até medalhas
rolaram para as mais habilidosas. Medalhas de ouro, prata e bronze. Claro que
eu fiquei com a medalha de bronze, não escurece e nem desbota, hehe!
Posso afirmar, com certeza, que todas nadavam muito bem e
foram as minhas pernas longas que não me deixavam levar a medalha de ouro,
medalha essa que foi parar nas mãos de outra colega que nem se lembra.
E assim passaram-se os anos. Nossos filhos (os pimpolhos)
cresceram, tornaram-se independentes e, nós
mulheres, já na terceira idade, com muita dignidade, claro!
Continuamos poderosas, assim dizem nossos maridos, às
vezes elogiando, outras tirando um sarrinho, mas a verdade é que fomos e somos
guerreiras, pois, após todas as batalhas, aqui estamos, lutando vida afora,
ainda traçando metas, ainda erguendo brindes após cada vitória.
Doces lembranças, doces e inesquecíveis amigas! deixo
aqui um convite; que tal nos reunirmos um dia destes?
Pode ser na minha casa!
E depois na sua..................
Na sua...............
E na sua...................
Observação: De algumas
colegas perdi o contato, por isso, peço desculpas se deixei alguém de fora.